quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Acordo de cooperação Brasil e Reino Unido para uso do BIM


O presidente da Frente Parlamentar do BIM, deputado federal Júlio Lopes (PP-RJ), afirmou que o Brasil vai firmar uma parceria com a Inglaterra para o uso do BIM no governo federal. Segundo Lopes, o protocolo deverá ser assinado ainda este mês, em Brasília (DF). O compromisso faz parte da ação da Frente Parlamentar para sensibilizar o Congresso Nacional para mostrar a necessidade de rever a legislação para tornar obrigatória a adoção do BIM em qualquer obra com valor superior a R$ 5 milhões.

“O governo inglês é a nossa referência porque implementou o processo em pouco tempo e a um custo muito baixo (US$ 16 milhões). Foram definidas normas e amarrações para que o BIM fosse difundido e implantado em apenas seis anos,” exemplificou. Para ele, profissionais e entidades podem ajudar, divulgando os benefícios do BIM. A elaboração de uma Medida Provisória (MP), prevendo seguro de infraestrutura no Brasil, que garantiria prazo e qualidade do que foi contratado, também está em discussão.A informação foi dada durante palestra do deputado durante o painel BIM e o Poder Público no Brasil, do Seminário Internacional BIM.



No mesmo debate, o diretor de Caracterização e Incorporação do Patrimônio da Secretaria do Patrimônio da União, Washington Luke, apresentou ações atuais e planos futuros, que envolvem o uso do BIM. “O retrofit do bloco O, da Esplanada dos Ministérios, que está sendo feito em BIM, será um modelo para a reforma dos outros 16 blocos, que têm cerca de 60 anos, e também para outros prédios públicos”, disse.

A ferramenta também foi usada para a construção do geovisualizador de imóveis da União. “Com ele é possível fazer melhor gerenciamento do valor do patrimônio governamental e tomar decisões mais precisas, com base nas informações obtidas com o recurso.” Ainda segundo o representante do governo federal, por parte do Ministério da Indústria e Comércio Exterior (MDIC), estão sendo discutidas a criação do Comitê Interministerial do BIM.

Luke destacou ainda que está em processo a atualização dos Manuais de Obras Públicas, que não passam por alterações desde 1997. A modernização das Práticas de Projeto, Construção e Manutenção de Edifícios Públicos Federais, vão incorporar as inovações tecnológicas e a experiência adquirida ao longo do tempo. A expectativa é otimizar os recursos em edificações públicas, desde do planejamento até a operação. “A ideia é colocar um capítulo de BIM nesses manuais, que devem ser lançados até o fim do ano que vem,” contou.

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