terça-feira, 6 de outubro de 2015

Medicina impressa - Tecnologia 3D na saúde

Réplicas de partes do corpo, próteses e implantes produzidos por impressoras 3D sob medida ajudam o trabalho de médicos e melhoram a vida dos pacientes. Mas o melhor ainda está por vir.

Na década de 1980, quando a impressora 3D foi criada, seu principal uso era fabricar peças para a indústria automobilística, que se aproveitou da possibilidade de rapidamente produzir protótipos e testá-los antes de criar todas as ferramentas para a linha de produção. Desde então, armas, chocolate, canetas, brinquedos, roupas espaciais já saíram de dentro do equipamento. Nos últimos três anos, foi o setor de saúde que passou a investir na tecnologia.


O princípio da impressora 3D no setor da saúde é o mesmo da convencional. No lugar de tinta, cientistas introduzem no aparelho pó, gel ou filamento de metal ou de plástico, que, no lugar de letras, imprime camada por camada peças tridimensionais como dedos, crânios ou dentes. A técnica permite uma personalização sem precedentes na medicina. Para criar um crânio de plástico de um paciente, por exemplo, são utilizadas como base imagens de ressonância magnética ou tomografia computadorizada da pessoa, de modo que a cópia saia idêntica ao original. Cientistas acreditam que, no futuro, será possível, em vez de metal ou plástico, utilizar células vivas como matéria-prima das peças - a chamada biotinta. Nesse processo, serão impressos órgãos idênticos aos naturais, o que pode acabar com as filas de espera para transplantes.

Tais milagres médicos estão acontecendo em um ritmo mais acelerado, graças aos grandes avanços no mundo da impressão 3D, a partir de novos e melhorados materiais biocompatíveis para a evolução dos processos de software e de impressão que prometem fazer diferença na era da medicina personalizada.

Materiais bem conhecidos, tais como o titânio, aço inoxidável, e uma variedade de polímeros e cerâmicos já conseguiram o selo do FDA (Food and Drug Administration, EUA) de aprovação para uso em impressões de aplicações médicas, onde a bio-compatibilidade é crucial, incluindo implantes, guias cirúrgicas e de instrumentação. 

Grande parte da ênfase destes trabalhos está em modificar e melhorar as tecnologias de impressão 3D existentes, para explorar o grande mix de materiais disponíveis. Empresas como Autodesk em conjunto com uma série de outras empresas e pesquisadores, estão desenvolvendo novos processos de impressão e softwares que podem abrir portas à novas tecnologias.

Fontes: 

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